Hoje finalmente voltei abrir aquela gaveta e tirar todo o material de que precisava, uma simples folha de papel e uma caneta, mas quando me preparava para começar a escrever percebi de que me faltava a coisa mais importante…o meu coração. Rapidamente e num ato de desespero repentino coloquei as mãos ao peito e desesperado procurei, procurei mas não encontrava. Já com as lágrimas a crerem invadir os meus olhos lembrei-me daquela minha caixinha laranja e cinza que guardo debaixo da cama, onde tenho guardadas todas as recordações de um passado feliz. Foi então que me levantei da minha cadeira e fui procurar a caixinha, e lá estava ela, no mesmo sítio onde a tinha deixado e a espera que a voltasse abrir, puxei-a para mim e como se a abraça-se trouxe-a até a secretaria, pousei-a, e devagarinho como se tivesse medo do que poderia encontrar no interior, fui abrindo. E quando finalmente abro a caixinha uma lágrima escorre pela minha face e grito :” ENCONTREI”.Lá estava o meu coração perdido no meio de todas aquelas recordações, talvez a tentar matar saudades, estendi a minha mão e pedi que voltasse, precisava dele para poder escrever sobre um sentimento, usei como argumento o facto de no meu pensamento viverem memórias, mas só nele habitar o amor. Momentos mais tarde quando me preparava para fechar a caixinha olho para o interior da mesma uma última vez e qual é o meu espanto ao ver que a caixinha se encontrava vazia, questiono-me como seria possível, se ainda agora estava cheia de recordações. Olho em meu redor e fico calado, ao ver todas as recordações passarem por mim como se vagueassem pelo quarto. E neste momento senti-o, deu uma batida forte e parou, senti um aperto tão forte e voltei a sentir necessidade de levar as mãos até ao peito, ficou tão pequenino ao ver todos os sorrisos, todos os gestos, todas as recordações, ao ver todo aquele lindo passado passar por mim, não aguentei mais e desmanchei-me em lágrimas
Entre lágrimas invoco o teu nome vezes sem fim, mas todas as letras do teu nome batem no fundo da minha solidão e lá ficam presas, e a única resposta que obtenho é o silêncio. Já não aguentando este aperto no peito caminho até a cama e deito-me agarrando com força a almofada e fecho os olhos com força, na esperança de que quando os voltar abrir o aperto tenha desaparecido.
Entre lágrimas invoco o teu nome vezes sem fim, mas todas as letras do teu nome batem no fundo da minha solidão e lá ficam presas, e a única resposta que obtenho é o silêncio. Já não aguentando este aperto no peito caminho até a cama e deito-me agarrando com força a almofada e fecho os olhos com força, na esperança de que quando os voltar abrir o aperto tenha desaparecido.
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